Estrelas do mar X O carteiro e o poeta
Era uma vez uma escritora que morava em uma tranquila praia, junto de uma colônia de pescadores.
Todas as manhãs ela caminhava à beira do mar para se inspirar, e à tarde ficava em casa escrevendo.
Certo dia, caminhando na praia, ela viu um vulto que parecia dançar.
Ao chegar perto, ela reparou que se tratava de um jovem que recolhia estrelas-do-mar da areia para, uma por uma, jogá-las novamente de volta ao oceano.
"Por que está fazendo isso?"- perguntou a escritora.
“ A maré está baixa e o sol está brilhando. Elas irão secar e morrer se ficarem aqui na areia". -explicou o jovem.
“ A maré está baixa e o sol está brilhando. Elas irão secar e morrer se ficarem aqui na areia". -explicou o jovem.
A escritora espantou-se.
"Meu jovem, existem milhares de quilômetros de praias por este mundo afora, e centenas de milhares de estrelas-do-mar espalhadas pela praia. Que diferença faz? Você joga umas poucas de volta ao oceano. A maioria vai perecer de qualquer forma.”
O jovem pegou mais uma estrela na praia, jogou de volta ao oceano e olhou para a escritora. "Para essa aqui eu fiz a diferença..".
Naquela noite a escritora não conseguiu escrever, sequer dormir.
Pela manhã, voltou à praia, procurou o jovem, uniu-se a ele e, juntos, começaram a jogar estrelas-do-mar de volta ao oceano.
Autor Desconhecido
O filme “O Carteiro e o poeta” encanta primeiramente pela simplicidade e ao mesmo tempo pela beleza do cenário. Relata a
história de pessoas humildes, famílias de pescadores que dividem dificuldades. Tanto o filme quanto o texto “Estrelas do mar” utilizam como cenário o mar e nos passam a visão de um povo humilde que sobrevive da pesca.
Entra em cena o poeta e o carteiro no filme e a escritora e o pescador no texto. Da mesma forma que Neruda, a escritora parece buscar inspiração na meditação junto ao mar.
Mário encanta logo nas primeiras cenas pela ingenuidade que talvez seja o que lhe permita lutar pelo sonho de aprender a escrever poesias e segundo sua convicção conquistar corações, ser “importante”
O jovem do texto tem características psicológicas muito parecidas com as características de Mário, os dois personagens parecem não estar preocupados com o que está acontecendo no mundo ao seu redor e sim com o momento presente e aquilo que cada ser na sua individualidade pode fazer. Por um lado Mário insiste para que Neruda desvende os mistérios da poesia, da linguagem figurada por acreditar que esta é a grande chave para obter o sucesso, ser amado e considerado inteligente, diferente; por outro lado, o jovem do texto insiste em fazer a diferença jogando uma a uma as estrelas-do-mar de volta ao oceano acreditando que o importante não é a imensidão do problema e sim a contribuição de cada um e assim, ambos tem uma característica em comum: a perseverança.
Com estas características tanto o carteiro quanto o jovem fazem com que o poeta e a escritora reflitam e percebam na simplicidade dos gestos a grandiosidade da alma.
Enfim, tanto o filme quanto o texto nos levam a um cenário muito parecido e são capazes de nos envolver na vida de cada personagem, seus sonhos, seus sentimentos. P Principalmente no filme vive-se com cada um de uma forma tão intensa que a ansiedade toma conta de nossas almas na busca pela solução de cada problema, torcemos para que Mário alcance seus objetivos e nos comovemos pela sinceridade de seus sentimentos.
Mário e Neruda podem ser transportados para nossa profissão. Ser Neruda é reconhecer naquele aluno que busca o conhecimento, o ser humano que mesmo diante de tantos problemas sociais, de tantas dificuldades é um “Mário”, cheio de sonhos, que admira aquilo que fazemos e acredita nos nossos ideais..
Talvez o leitor esteja a pensar que essas últimas palavras sejam por demais utópicas, entretanto, se não acreditarmos que ainda é possível provocar mudanças na sociedade como educadores que somos, que se pelo menos para um fizermos a diferença, então o sonho acabou, não podemos ser Neruda, nem o jovem que devolve as estrelas ao oceano e, consequentemente não perceberemos os “Mários” que nos rodeiam.
O filme “O Carteiro e o poeta” encanta primeiramente pela simplicidade e ao mesmo tempo pela beleza do cenário. Relata a

Entra em cena o poeta e o carteiro no filme e a escritora e o pescador no texto. Da mesma forma que Neruda, a escritora parece buscar inspiração na meditação junto ao mar.
Mário encanta logo nas primeiras cenas pela ingenuidade que talvez seja o que lhe permita lutar pelo sonho de aprender a escrever poesias e segundo sua convicção conquistar corações, ser “importante”
O jovem do texto tem características psicológicas muito parecidas com as características de Mário, os dois personagens parecem não estar preocupados com o que está acontecendo no mundo ao seu redor e sim com o momento presente e aquilo que cada ser na sua individualidade pode fazer. Por um lado Mário insiste para que Neruda desvende os mistérios da poesia, da linguagem figurada por acreditar que esta é a grande chave para obter o sucesso, ser amado e considerado inteligente, diferente; por outro lado, o jovem do texto insiste em fazer a diferença jogando uma a uma as estrelas-do-mar de volta ao oceano acreditando que o importante não é a imensidão do problema e sim a contribuição de cada um e assim, ambos tem uma característica em comum: a perseverança.
Com estas características tanto o carteiro quanto o jovem fazem com que o poeta e a escritora reflitam e percebam na simplicidade dos gestos a grandiosidade da alma.
Enfim, tanto o filme quanto o texto nos levam a um cenário muito parecido e são capazes de nos envolver na vida de cada personagem, seus sonhos, seus sentimentos. P Principalmente no filme vive-se com cada um de uma forma tão intensa que a ansiedade toma conta de nossas almas na busca pela solução de cada problema, torcemos para que Mário alcance seus objetivos e nos comovemos pela sinceridade de seus sentimentos.
Mário e Neruda podem ser transportados para nossa profissão. Ser Neruda é reconhecer naquele aluno que busca o conhecimento, o ser humano que mesmo diante de tantos problemas sociais, de tantas dificuldades é um “Mário”, cheio de sonhos, que admira aquilo que fazemos e acredita nos nossos ideais..
Talvez o leitor esteja a pensar que essas últimas palavras sejam por demais utópicas, entretanto, se não acreditarmos que ainda é possível provocar mudanças na sociedade como educadores que somos, que se pelo menos para um fizermos a diferença, então o sonho acabou, não podemos ser Neruda, nem o jovem que devolve as estrelas ao oceano e, consequentemente não perceberemos os “Mários” que nos rodeiam.